Indústria Alimentícia

Indústria Alimentícia

A indústria de alimentos é a responsável pelo processamento, transformação, preservação e embalagem de produtos alimentícios, como óleos vegetais, açúcar, refrigerantes, leite, entre uma infinidade de itens. 

Processamento

Nesta etapa, a matéria-prima utilizada é geralmente de origem animal ou vegetal e vem da agricultura, pecuária ou pesca. Seu manuseio é diversificado, e hoje tende à minimização da manipulação manual, entrando em cena as máquinas. Exemplos de mecanização no manuseio de matérias-primas incluem correias transportadoras (utilizadas em vegetais, grãos, frutas); elevadores de balde (presentes no manuseio de grãos e peixes); transportadores em espiral (para farinhas) e descarga de ar (para grãos, açúcar e nozes).

Ainda no processamento, a extração de um produto alimentício a partir de sua fonte, como o óleo de palma a partir do fruto da palmeira, pode ser realizada aplicando-se técnicas de trituração, extração por calor, direto ou indireto, solvente, secagem, filtração, entre outras.

Transformação

Na transformação, encontram-se geralmente as operações de fermentação (encontradas nas indústrias cervejeiras, de vinho, destilados e laticínios), cozimento (praticado na indústria sucroalcooleira na produção do xarope), desidratação e destilação, (presente na produção de bebidas alcoólicas).

Preservação

Nela, são aplicados métodos de irradiação, esterilização antibiótica e ação química, esses métodos visam esterilizar os produtos. Outros métodos são a desidratação e refrigeração, que visam inibir a atividade microbiana. A desidratação, por exemplo, é uma das operações unitárias mais antigas conhecida pela humanidade e constitui um processo bem primitivo de preservação de alimentos. 

Na embalagem, os métodos incluem os enlatados, embalagens assépticas (utilizadas para embalar leite e sucos pasteurizados ou ultrapasteurizados), embalagens congeladas, entre outras.

Impacto na economia do país

No Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o setor alimentício é o maior do país, processando cerca de 58% de tudo o que é produzido no campo e reunindo mais de 37 mil indústrias. Além disso, dados da Associação apontam que, em 2019, o Brasil exportou para mais de 180 países, sendo o segundo maior exportador de alimentos industrializados naquele ano. Dessa forma, a indústria alimentícia é bastante diversificada, com processos tanto industriais e altamente mecanizados quanto pequenos e muito intensivos em mão de obra. No último cenário, entram as indústrias de pequeno porte.

Segundo o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (DEPECON) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em 2013, as empresas de pequeno porte (até 99 empregados formais) representavam 95,2 e 88,8% das indústrias de alimentos e bebidas no Brasil, respectivamente. Enquanto que as empresas de grande porte (mais de 500 empregados formais) representavam apenas 1,3 e 3% das indústrias dos dois setores, nessa ordem. No entanto, essas indústrias empregavam no país, em 2013, quase 1,6 milhão de trabalhadores. Para se ter uma ideia, as indústrias de grande porte dos mesmos setores empregavam, naquele ano, pouco mais de 23 mil trabalhadores em todo o país. 

Sobretudo essas estatísticas não são exclusivas das indústrias de alimentos e bebidas. Sendo assim, considerando todo o ramo de transformação, as indústrias de pequeno porte eram a maioria em 2013, com 96,6% dos empreendimentos. Ao passo que as indústrias de grande porte representavam apenas 0,6% do total. Dessa forma, demonstrando a importância das empresas de pequeno porte no Brasil.

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