Derivados do Petróleo

O petróleo e seus derivados estão estabelecidos em nossas vidas, sem dúvida, você já ouviu a frase: “O petróleo é um combustível fóssil”. Assim como o carvão mineral e o gás natural, o petróleo é formado a partir de materiais orgânicos acumulados em bacias sedimentares. Por exemplo, organismos marinhos, algas, bactérias e plantas. Em outras palavras, com a ação intensa de calor e pressão ao longo de milhões de anos, esse material orgânico se transformou no que conhecemos hoje como combustível fóssil. Substâncias ricas em hidrocarbonetos e das quais dependemos diariamente, como matéria-prima para combustíveis e uma ampla variedade de produtos. 

Como funciona o processo básico de extração e refino de combustíveis fósseis?

Inicialmente, nos reservatórios onde ocorre o acúmulo de petróleo, são extraídos óleo, gás, água e impurezas. De forma que os produtos de nosso interesse são o óleo e o gás. O gás, designado por gás natural, é uma mistura de hidrocarbonetos (do metano ao hexano), nitrogênio, vapor d’água e contaminantes. Essa mistura é enviada por gasodutos a uma Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), não podendo conter hidrocarbonetos condensáveis nas condições de transporte. Antes de ser primariamente processado, o gás natural é designado por “gás úmido”, por conter líquido de gás natural (LGN). Quando a transferência não é economicamente viável, o gás é conduzido para queimadores no próprio campo produtor. 

O óleo é uma mistura de hidrocarbonetos líquidos, que, por sua vez, é enviado por oleodutos ou navios às refinarias. Nos quais deve chegar sem compostos voláteis nas condições de armazenamento e transporte. Além disso, o óleo deve atender a determinadas especificações quanto ao teor de água e sal para ser aceito pelas refinarias.

Nas refinarias, o petróleo bruto é “quebrado” em seus vários componentes em torres de destilação fracionadas para uso como combustíveis para transporte, aquecimento, pavimentação de estradas e geração de eletricidade e como matéria-prima para a fabricação de produtos químicos. A gasolina, o principal combustível de carros populares. E o diesel, o combustível de veículos mais pesados, por exemplo, são dois dos principais produtos conhecidamente oriundos do petróleo.

E quais outros derivados de petróleo são utilizados diariamente?

O petróleo não é só gasolina ou diesel. De forma que os derivados de petróleo também estão em nosso cotidiano. As garrafas de refrigerantes (feitas de politereftalato de etileno ou PET); os famosos potes de plástico em que guardamos comida (feitos de polipropileno ou PP); os copos descartáveis (feitos de poliestireno ou PS); o gás de cozinha (tecnicamente designado por gás liquefeito de petróleo ou GLP); os canos das instalações hidráulicas de nossas casas (feitos de policloreto de vinila ou PVC) são produtos derivados do petróleo. O EPS isopor® e o piche, entre vários outros, também são.

Na indústria do plástico, o processo é dividido em três gerações. A primeira é responsável pela produção de petroquímicos básicos como o eteno e o propeno a partir da nafta, do gás natural e do etano. Esses compostos são, utilizados na segunda geração para a fabricação de resinas termoplásticas, como o PP, o PVC e o PS, além do PE (polietileno). Por último, na terceira geração, as resinas termoplásticas são convertidas em produtos finais, como as garrafas PET, os potes de plástico e os copos descartáveis.

O EPS isopor®, presente nas caixas térmicas, nos trabalhos de escola e em outras aplicações, é designado por poliestireno expandido ou EPS. Ele consiste em pérolas de poliestireno que passam por um processo de redução de densidade e de expansão, descansando em seguida. As pérolas expandidas podem ser assim aplicadas (como preenchimento de brinquedos, por exemplo) ou moldadas em diferentes formas (caixas, placas etc.), recebendo o acabamento desejado.

O gás de cozinha é uma mistura de propano e butano, dois gases encontrados no gás natural. Em contrapartida, o piche é o resíduo obtido a partir da destilação do alcatrão de carvão, principal produto líquido resultante da carbonização do carvão mineral. Cuja utilização está na pavimentação de estradas, na impermeabilização de telhados e outras estruturas e na fabricação de eletrodos.

Como o engenheiro químico pode atuar na indústria de derivados de petróleo?

O engenheiro químico, pela versatilidade de sua formação, pode atuar tanto na indústria de extração e refino de petróleo quanto nas UPGN. Além de indústrias do plástico, construção, entre várias outras ligadas ao processamento de produtos derivados de petróleo. Sua atuação pode ser tanto técnica, como no projeto e operação das torres de destilação nas refinarias a partir de seus conhecimentos sólidos de termodinâmica, quanto gerencial, como na supervisão do chão de fábrica.

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