O que Você Precisa Saber Sobre: Contaminação de Alimentos

Nos processos produtivos da indústria de alimentos, é fundamental que haja assepsia (ausência de matéria infecciosa) adequada para o ramo e implementação de diversos cuidados para evitar a contaminação, afinal, representa risco à saúde do consumidor, além de comprometer a marca associada ao alimento.

A ANVISA é o órgão a responsável por legislar e fiscalizar os alimentos e os sistemas de produção. Em se tratando desse ramo industrial, classificam-se os tipos de contaminação em 3 categorias:

  • Física: que consiste em partículas de impurezas ou pragas, isto é, corpos estranhos;
  • Química: que consiste em agrotóxicos; metais pesados; resíduos industriais e resíduos de produtos sanitizantes;
  • Microbiológica: que consiste em microrganismos, microtoxinas e patógenos.

Quais problemas a contaminação de um alimento pode causar?

Ao ser contaminado, o alimento pode originar:

  • alteração das características sensoriais (aroma, sabor e textura), podendo causar aumento na taxa de rejeição do produto;
  • diminuição da vida de prateleira do alimento, isto é, o tempo em que será seguro o consumo será menor;
  • perda de lotes por deterioração do alimento;
  • efeitos tóxicos, podendo causar danos ao sistema digestório do consumidor;
  • problemas de saúde pública, como por exemplo, infecção e intoxicação alimentar, que ocasionam, em casos menos graves, vômitos e diarreia.

O que precisa ser feito para evitar esse cenário?

É indispensável que todos os focos de contaminação do processo produtivo sejam cuidadosamente observados. Para isso, é interessante adotar boas práticas que visem o controle e a prevenção, para assegurar a qualidade. Abaixo estão destacados alguns pontos de atenção:

1.Qualidade da água

O uso da água é significativo independente do ramo, tanto como insumo, quanto para higienização dos equipamentos e instalações. Dessa forma, é de suma importância que se tenha atestada a qualidade da água para sua aplicação, evitando a presença de agentes contaminantes.

2. Matéria-prima

Vale lembrar que se os insumos já são recebidos contaminados, a dificuldade de garantir a qualidade final aumenta! Apesar dos diversos métodos de esterilização existentes, alguns microrganismos apresentam elevada resistência a esses processos e, além disso, alguns insumos não suportam tratamentos muito intensos. Assim, monitorar a qualidade da matéria-prima pode prevenir grandes problemas.

3. Durante a manipulação

Utensílios e equipamentos devem ser devidamente higienizados. As etapas de produção devem estar organizadas a fim de evitar a contaminação cruzada, isto é, um alimento não tratado não pode entrar em contato com um que já foi tratado.

4. Armazenagem

É necessário que haja um controle eficiente das condições do espaço onde o produto será estocado. Lembrando que a estocagem de matéria-prima e produto final não pode ser feita no mesmo espaço para dificultar a contaminação cruzada. Além disso, deve ser feito também um controle de pragas nesses espaços.

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