Um dos ramos de maior crescimento atualmente é o de Cosméticos, uma vez que o Brasil é um dos maiores mercados de beleza e cuidados pessoais do mundo, segundo a revista Forbes. O ramo engloba desde produtos de higiene pessoal até os de embelezamento, como cremes, perfumes e maquiagem. Porém, assim como há um grande consumo, há também um grande volume de descarte desses produtos e se faz necessário saber gerir os resíduos de cosméticos.
O PGRS
De acordo com a Lei Federal nº 12305/2010, todos os grandes geradores de resíduos devem realizar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, ou seja, devem ser responsáveis por dar uma destinação ambientalmente correta aos seus resíduos gerados. Você pode descobrir tudo o que você precisa saber sobre PGRS clicando neste link. Mas com relação aos cosméticos, especificamente, você sabe como o descarte pode ser realizado?
Quais são os resíduos gerados pelos cosméticos?
Em sua formulação, existem substâncias naturais e químicas, ou a mistura de ambas. Os resíduos gerados por cosméticos são formados por suas embalagens e por componentes químicos variados, que quando descartados de maneira incorreta podem poluir e contaminar o meio ambiente.
Estes resíduos são considerados resíduos químicos, o que significa que necessitarão de um tratamento para neutralizar as substâncias nocivas à saúde e impedir impactos ambientais negativos. Além disso, as embalagens também devem receber tratamento adequado.
Os tipos de produtos
O cosmético não deve ser encaminhado ao lixo comum nem ao esgoto. Na hora do descarte, é necessário analisá-lo em relação a sua composição e material, para que seja possível definir a forma menos ambientalmente agressiva de descarte. Os tipos de cosméticos são:
- Cosméticos Líquidos;
- Esmaltes e removedores;
- Cosméticos sólidos e pastosos.
O tratamento
Toda Indústria Cosmética, responsável pela fabricação dos produtos de higiene e beleza, é uma grande geradora de resíduos e dar a destinação correta a eles é uma determinação legal. Contudo, para haver este tratamento, há três grandes dificuldades: armazenar, transportar e tratar esses resíduos.
Armazenamento: é o ato de guardar a embalagem em local específico, autorizado pelo órgão estadual de controle ambiental, e que preserve suas características e minimize os riscos de contaminação. Para que, posteriormente, possa ser destinado à reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição final adequada. De acordo com a norma ABNT NBR 11174, os resíduos devem ser identificados, classificados e armazenados em local apropriado. Por serem considerados perigosos, o acondicionamento de resíduos industriais é feito em tambores, homologados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO).
Transporte: esta etapa é de extrema importância, pois os resíduos podem concentrar poluentes, incluindo metais pesados e amônia. É necessário possuir licenças no INMETRO, IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e nas companhias ambientais de cada Estado para poder recolher este material.
Como cada resíduo possui características e concentrações diferentes, às vezes é preciso transportá-los separadamente, seguindo a ABNT NBR 14619/2018. Além disso, os caminhões utilizados devem ser adequados, possuir equipamentos específicos e capacidade de armazenamento apropriada, descrita na ABNT NBR 7503/2020.
Entre esses equipamentos, podemos destacar o compressor de anel líquido e o sistema de hidrojateamento, que dá acesso a locais mais profundos e realiza a auto-limpeza, respectivamente.
Tratamento: o tratamento pode ser realizado dentro da própria indústria, por meio da construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto ou pela contratação de uma terceirizada, caso não haja possibilidade de investir na Estação.
Também é necessário considerar que existem tratamentos indicados para cada tipo de resíduo, e deve-se analisar a carga poluidora e as características específicas do resíduo antes de decidir o tratamento.
Embalagens: Atualmente, a maioria das empresas fabricantes de cosméticos recolhem as embalagens, que inclusive é uma atitude visada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. A Avon é um exemplo, que criou um programa de logística reversa, para coletar embalagens e resíduos de maquiagem e esmaltes de qualquer marca.
A destinação final
Os modos mais comuns de realizar a destinação de resíduos de cosméticos geralmente são: a incineração, o co-processamento, trituração, ETE e a reciclagem.
A reciclagem, após o tratamento adequado, é a forma mais vantajosa de se descartar resíduos de cosméticos. Com isso, alguns componentes poderão ser reaproveitados dentro de uma cadeia produtiva, gerando economia de matérias-primas que foram retiradas do meio ambiente e diminuindo a emissão de poluentes.
Além disso, a reciclagem também diminui o uso de energia utilizado na produção dos novos produtos, principalmente de embalagens, que são em sua maioria, plásticas; e contribui para o marketing verde da empresa.
A importância para empresas
As indústrias de cosméticos utilizam mais de 10 mil substâncias químicas em seus processos, são as chamadas POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes) que demoram muito tempo para se decomporem. A reciclagem de resíduos de cosméticos pode ser uma opção, por ser lucrativa e ecológica.
Dessa forma, as empresas que trabalham com a produção de cosméticos fazem uso de serviços especializados em descarte de cosméticos para seguir o padrão fornecido por normas internacionais de segurança. As leis ambientais são severas quanto a este tipo de descarte e a infração dessa legislação pode ocasionar multas e até perda de credibilidade.
Como a CSTQ Jr. pode te ajudar?
Nós possuímos em nossa carta de serviços o serviço de Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, no tópico de Consultoria Ambiental. Com ele, nós podemos te ajudar a adequar sua empresa à legislação vigente, além de promover um marketing verde. Está com dificuldade em gerenciar seus resíduos? Entre em contato conosco, nós podemos te ajudar!