A Química é a ciência da natureza mais presente em nosso cotidiano. Apesar disso, o ensino de Química é sempre um desafio, pois os alunos têm maior dificuldade em entender como as propriedades químicas se relacionam. E acabam achando que o melhor caminho é memorizar, gerando, na maioria das vezes, desinteresse pelo conteúdo.
A aprendizagem está relacionada à profundidade do processamento de habilidades e conhecimento e, segundo Filho, et al. (2011), somente quando o aluno vê significado no que está estudando é que ele consegue compreender e produzir o saber.
A importância de diferentes abordagens
A educação vem se tornando cada vez mais heterogênea. Revelando um público diferente no que se refere à cultura, aos comportamentos, objetivos e níveis de aprendizagem. De forma que o ensino tradicional, pautado em metodologias arcaicas, não atende às necessidades dos alunos e se torna obsoleto. Pensar em novas maneiras de ensinar e aprender para atender ao máximo este público tão heterogêneo é indispensável.
O uso de metodologias alternativas possibilita envolver um maior número de alunos no processo de ensino e aprendizagem, pois há diversas maneiras de aprender. Assim, se o aluno encontra dificuldade para aprender de uma forma, pode aprender de outra.
Metodologias alternativas
A produção de livretos, bem como a utilização do lúdico, práticas laboratoriais e situações problema podem levar o aluno a processar suas habilidades e conhecimentos. Requerendo o envolvimento deste aluno e o pensar sobre o que está aprendendo.
Estas Metodologias alternativas convergem para os quatro pilares da educação propostos pela UNESCO (2010), que são: aprender a conviver, aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser. Podemos destacar a relação entre o “aprender a conviver” e as metodologias alternativas apresentadas, que requerem o trabalho em grupo para obtenção de sucesso.
Práticas laboratoriais
Os experimentos químicos possibilitam aos estudantes ter contato direto com os reagentes e produtos, mostrarem suas habilidades e ao mesmo tempo saírem da rotina de sala de aula. Além disso, também é um ambiente onde existe espaço para diálogo com o professor e os colegas sobre o tema proposto. Para Leite (2018), é a partir da discussão de temas reais e da tentativa de se delinear soluções que os estudantes se envolvem de maneira significativa e assumem um compromisso.
Dessa forma, o movimento maker, fundamentado na ideia de que as pessoas devem ser capazes de fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos e funções com as próprias mãos, aparece como alternativa educacional e tecnológica, uma vez que é uma cultura baseada na experimentação e tendo como alguns princípios a colaboração, a criatividade e a sustentabilidade.
Situações Problema
A Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas (ABProb) é um modelo de ensino que surgiu na década de 1960, inicialmente em Escolas de Medicina no Canadá e na Holanda.
A ABProb busca desenvolver um ensino integrado e interdisciplinar, adotando resoluções de problemas voltados ao mundo do trabalho, ou seja, o objetivo é preparar os alunos para assumirem demandas nas futuras profissões. Para isso, usa-se uma matriz não disciplinar, com competências e desafios em níveis crescentes, desenvolvendo atividades em grupo e individuais.
Esta metodologia busca colocar o problema antes da aprendizagem, com esta vindo logo depois. Dessa forma, ocorre a fuga do modelo tradicional de ensino que, normalmente, conceitua o tema, depois apresenta o problema e em seguida apresenta uma atividade de fixação.
Os estudantes são, de alguma maneira, confrontados com os problemas no início da abordagem, e antes de começarem a estudar um determinado conteúdo, consequentemente, eles mesmos construirão a aprendizagem dos conceitos necessários para a resolução do problema.
Este procedimento auxilia no desenvolvimento de competências necessárias à formação de um cidadão crítico, autônomo e ativo dentro de uma sociedade em constante transformação.
Produção de livretos
A produção de livretos, principalmente em grupos, faz com que os alunos trabalhem no coletivo e também aprendam em conjunto. O fato de pesquisar sobre o assunto e gerar um produto, faz com que o aluno utilize suas habilidades e pense nos conhecimentos que está adquirindo durante a criação do material. Além disso, a produção em conjunto contribui para o aprender a conviver.
O lúdico
Em relação aos jogos didáticos, é válido destacar que estes possuem uma função muito importante dentro de sala de aula. Pois estes auxiliam o professor e promovem um interesse maior por parte dos alunos. E acabam por favorecer a criação de um ambiente mais amigável à educação.
Os jogos didáticos são relevantes, pois favorecem situações de aprendizagem que podem reforçar a construção do conhecimento. Promovendo a realização de atividades prazerosas, mas que ao mesmo tempo desenvolvem a capacidade de participação e a motivação dos alunos.
Porém, os jogos são apenas um auxílio e não devem substituir as aulas explicativas. Assim, considerando o jogo didático como uma atividade diferenciada constituída por regras, orientada pelo professor, que mantém um equilíbrio entre a função educativa e a função lúdica, podemos dizer que esses jogos podem ser utilizados como recurso didático de várias formas, dependendo da característica do jogo e do planejamento didático do professor (CUNHA, 2012).
Como a CSTQ Jr. pode te ajudar?
Em nossa Carta de Serviços, oferecemos projetos de Educação Química, incluindo minicursos, palestras e eventos que visam diversificar as metodologias de ensino da Química ao possibilitar experiências fora do contexto padrão de sala de aula. De forma que o conhecimento de qualidade é universalizado, sem diminuir o interesse dos estudantes. Entre em contato conosco e agende uma reunião.