A bebida destilada é uma bebida alcoólica purificada pela destilação, processo físico de separação de misturas. Ele baseia-se na diferença de temperatura de ebulição entre as substâncias da mistura, após a fermentação. Dentre esses destilados se encontram o uísque, a vodka e a cachaça, os quais vamos abordar adiante.
Uísque
A fabricação do uísque é feita em algumas etapas:
Primeiramente seleciona-se o cereal, que será transformado em açúcar solúvel para a produção de álcool. Depois, acrescenta-se água fervente ao cereal até que chegue ao ponto de se desenvolver (processo conhecido como molting).
Em seguida, interrompe-se o processo de desenvolvimento para a secagem, seguida de uma moagem do cereal para sua mistura na água. Logo após, adiciona-se água quente à mistura a fim de diluir os açúcares solúveis, que são esfriados para a fermentação começar, formando, assim, uma espécie de cerveja. Essa cerveja é destilada de duas a três vezes para aumentar a quantidade de álcool e sabor.
Os maiores produtores de uísque atualmente são: Escócia, Irlanda, Kentucky (EUA), Canadá e Tennessee (EUA).
Vodka
A vodka é uma das bebidas alcoólicas mais consumidas no mundo, pelo fato de não possuir cor e nem sabor muito forte.
O seu processo de fabricação se parece bastante com o do uísque, a diferença é o fato da vodka ser destilada a temperaturas mais altas. Além disso, ela passa por um processo de filtragem química com o objetivo de amenizar o sabor dos cereais.
Em seguida, durante o processo de fermentação, há adição de água à mistura, que passa a se chamar mosto. Assim, ele possui baixo teor alcoólico e tem que ser destilado para eliminar as impurezas. A destilação acontece várias vezes até conseguir obter um teor alcoólico de 90%, depois acrescenta-se água até se obter a quantidade de álcool desejada.
Por fim, as últimas etapas são a filtração e a purificação para que não haja nenhum tipo de impureza. Ademais, no caso de vodkas aromatizadas, há um processo final de aromatização.
Cachaça
A cachaça é uma bebida produzida a partir da cana de açúcar, de produção nacional e que possui um papel importante na história do país, possuindo inclusive uma data para homenageá-la, 13 de setembro, Dia Nacional da Cachaça.
Sua produção começa com o corte da cana, que é feito rente ao solo para evitar que os gomos se rachem. Após isso, leva-se a cana até a moagem, onde a espremem para produzir o caldo, sendo que o tempo máximo de espera entre o corte e a moagem é de dois dias, para se obter um melhor sabor. Além disso, é possível aproveitar 70% da cana para o caldo, e o restante (bagaço) vira combustível para o alambique, equipamento próprio para a destilação.
A fermentação é feita em tanques, chamados dornas, em que se acrescentam fubá ou farelo de arroz com o fim de ter a multiplicação das leveduras. O caldo fermentado chama-se vinho e possui 12% de teor alcoólico.
Já a destilação ocorre no alambique, em que se aquece o vinho para evaporação e posterior condensação do álcool etílico. Em seguida, a cachaça pode ser engarrafada imediatamente ou envelhecida em barris. Durante a destilação, deve-se descartar a primeira parte do líquido que pinga, devido aos danos que ele causa ao corpo humano. Os outros 80% são considerados bons e os últimos 10% são considerados fracos, com baixo teor de álcool.
Curiosidades
A produção nacional de cachaça é de aproximadamente 1,3 bilhões de litros por ano, sendo 75% proveniente de produção industrial e 25% de produção artesanal, conforme dados do Programa Brasileiro de Desenvolvimento da Aguardente de Cana, Caninha ou Cachaça (PBDAC).
Em 2013, o Alcohol and Tobacco Tax and Trade Bureau (TTB) – órgão do governo americano especializado no comércio de álcool e tabaco – reconheceu a cachaça como produto genuinamente brasileiro. Desse modo, a bebida deixou de ser vendida como “Brazilian Rum”. Já no ano seguinte, as exportações para o país aumentaram 12,6%, e estima-se que continuem crescendo.
Todos os estados brasileiros produzem essa bebida, e boa parte dela, depois de produzida, continua em território nacional. Do total, exporta-se 1 ou 2%, sendo que os principais países importadores são Alemanha (30%), Bolívia (10%), Paraguai (9%), Portugal (8%) e Estados Unidos (6%), conforme dados da Expocachaça.
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